Na linha dos governadores de Alagoas ainda vivos, somente dois têm chances reais de alcançar o Palácio República dos Palmares: Ronaldo Lessa e Fernando Collor de Mello.
O tempo se encarregou de esquecer Guilherme Palmeira, Moacir Andrade, Geraldo Bulhões, Divaldo Suruagy e Manoel Gomes de Barros. Os cinco, porém, ainda votados, a depender de suas posições.
A diferença entre Lessa e Collor é que ambos conhecem as angústias do fim de uma era de poder. Um dia, Collor era um ex-presidente da República. Tornou-se senador; um dia, Lessa era o único governador reeleito da história recente da República em Alagoas; hoje, é um funcionário comissionado do Ministério do Trabalho.
Mas, Collor vive um momento diferente. Em 2010, seu único inimigo real é o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), do qual, aliás, Collor não esconde ser opositor. E duas pesquisas circulando no Palácio mostram a fama ainda impopular do líder tucano. Vantagem para Collor.
E o senador pode ter também o apoio do prefeito Cícero Almeida (PP); do ex-deputado federal João Lyra (PTB). Seguem os ex-governadores: Guilherme Palmeira, Moacir Andrade e Manoel Gomes de Barros. Apesar da cisão entre Barros e Lyra. Seria uma nuvem, carregando Collor em seu centro.
Collor pode ter como vice João Lyra; Cícero Almeida, do qual Collor não confia; em uma tentativa reacender a carreira de um velho aliado, Guilherme Palmeira. Ele apoiaria a continuação de Renan Calheiros (PMDB) no Senado; convenceria João Tenório (PSDB) a batalhar por uma vaga a deputado federal.
Lessa também ostenta a vantagem do Governo Téo Vilela ainda impopular; é oposição aos tucanos; poderia ser vice de Heloísa Helena (PSOL); ou puxar o PT, em uma tentativa de alçar o deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão) a uma vaga a Câmara Federal e se lançar ao Governo tendo como vice o ex-vereador Thomáz Beltrão, hipótese, aliás, do PT a cabeça de chapa em 2010. Ao menos teria afinidade com a candidata petista ao Palácio do Planalto, Dilma Rouseff; Collor, desta vez, está com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Nas duas pesquisas palacianas, Lessa nem aparece. E, para ele, não existe obrigação em se acreditar em pesquisas. Collor também não acreditava nelas.
Em uma suposta “traição política” a Collor, o senador Renan Calheiros (PMDB) pode fazer um acordo para carregar Lessa e se reeleger. E também na linha de traições, Cícero Almeida pode descartar Collor, para se apegar a Lessa. Afinal, o PDT está com um pé no Executivo. Pedro Alves, o articulador de Lessa, é um dos integrantes da era almeidista.
Desconsiderando as traições, Lessa pode ter problemas para se eleger a qualquer coisa. E se deixar o PDT, pode ser o suicídio político do ex-governador, porém, ele não é dado a esse tipo de coisa.
Felipe Ferreira [blog do odilon]
O tempo se encarregou de esquecer Guilherme Palmeira, Moacir Andrade, Geraldo Bulhões, Divaldo Suruagy e Manoel Gomes de Barros. Os cinco, porém, ainda votados, a depender de suas posições.
A diferença entre Lessa e Collor é que ambos conhecem as angústias do fim de uma era de poder. Um dia, Collor era um ex-presidente da República. Tornou-se senador; um dia, Lessa era o único governador reeleito da história recente da República em Alagoas; hoje, é um funcionário comissionado do Ministério do Trabalho.
Mas, Collor vive um momento diferente. Em 2010, seu único inimigo real é o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), do qual, aliás, Collor não esconde ser opositor. E duas pesquisas circulando no Palácio mostram a fama ainda impopular do líder tucano. Vantagem para Collor.
E o senador pode ter também o apoio do prefeito Cícero Almeida (PP); do ex-deputado federal João Lyra (PTB). Seguem os ex-governadores: Guilherme Palmeira, Moacir Andrade e Manoel Gomes de Barros. Apesar da cisão entre Barros e Lyra. Seria uma nuvem, carregando Collor em seu centro.
Collor pode ter como vice João Lyra; Cícero Almeida, do qual Collor não confia; em uma tentativa reacender a carreira de um velho aliado, Guilherme Palmeira. Ele apoiaria a continuação de Renan Calheiros (PMDB) no Senado; convenceria João Tenório (PSDB) a batalhar por uma vaga a deputado federal.
Lessa também ostenta a vantagem do Governo Téo Vilela ainda impopular; é oposição aos tucanos; poderia ser vice de Heloísa Helena (PSOL); ou puxar o PT, em uma tentativa de alçar o deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão) a uma vaga a Câmara Federal e se lançar ao Governo tendo como vice o ex-vereador Thomáz Beltrão, hipótese, aliás, do PT a cabeça de chapa em 2010. Ao menos teria afinidade com a candidata petista ao Palácio do Planalto, Dilma Rouseff; Collor, desta vez, está com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Nas duas pesquisas palacianas, Lessa nem aparece. E, para ele, não existe obrigação em se acreditar em pesquisas. Collor também não acreditava nelas.
Em uma suposta “traição política” a Collor, o senador Renan Calheiros (PMDB) pode fazer um acordo para carregar Lessa e se reeleger. E também na linha de traições, Cícero Almeida pode descartar Collor, para se apegar a Lessa. Afinal, o PDT está com um pé no Executivo. Pedro Alves, o articulador de Lessa, é um dos integrantes da era almeidista.
Desconsiderando as traições, Lessa pode ter problemas para se eleger a qualquer coisa. E se deixar o PDT, pode ser o suicídio político do ex-governador, porém, ele não é dado a esse tipo de coisa.
Felipe Ferreira [blog do odilon]
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