quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ARAPIRACA, UMA METRÓPOLE SEM TRANPORTE PÚBLICO

A cidade cresce num ritmo muito acelerado, o que faz com que milhares de pessoas comecem a morar cada vez mais distante do centro, em regiões que chamamos de periferia. E a periferia deve ser vista mais em seu sentido geográfico do que econômico, porque há bairros de classe média longe do centro urbano. Ocorre que essa movimentação horizontal não é acompanhada com uma contrapartida de serviços de transporte público. Aqui os administradores da cidade negam o direito à circulação visto que joga para o cidadão uma única possibilidade: mover-se de táxi (uma minoria) ou mover-se de moto (a maioria).
Nesta terça-feira a cidade observou grande movimentação de mototaxistas “clandestinos” pedindo passagem: querem que sejam absorvidos pelo sistema de “transporte público” da cidade. Há 670 mototaxistas regulares em Arapiraca (o que dá uma média de 1 mototaxi para cada grupo de 320 habitantes). Mas o problema grave é a incapacidade flagrante de a Câmara de Vereadores criarem um sistema de transporte público real porque moto não foi feita para o transporte público, pois estes veículos só podem transitar com um passageiro, o que lhe tira o estatuto de transporte coletvo. Moto é transporte individual, não pode ser o centro de nenhum sistema de transporte público e coletivo.
Na ausência de inteligência e sensibilidade dos entes públicos, em primeiro lugar a Câmara de Vereadores que jamais tratou o problema de frente, a Prefeitura, que sempre evitou entrar nesse campo, e o Judiciário, via Ministério Público, que deixam uma população inteira constrangida e sem direito ao transporte coletivo universal. Temos ônibus para pouquíssimas áreas da cidade, são circuitos muito pontuais, basicamente é o mesmo desenho de atendimento de duas décadas atrás.
Fonte: http://agrestenews.blogspot.com/

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